domingo, 8 de novembro de 2009
Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora.
sábado, 7 de novembro de 2009
Às vezes a palavra falha. Ainda não tenho todas elas, pois você é uma história que nunca termina, um poema que sempre começa, a inspiração que sempre me desperta. Você é meu riso repentino, meu vício quase que diário. Você está entre as coisas mais raras que Deus colocou no mundo, e que por mera distração colocou no meu destino. Você que me melhora, que me traz as coisas boas. Que me traz forças, me traz esperanças. Você confia mais em mim do que eu mesma. Você que me leva para Paris, Buenos Aires, Grécia, ou para qualquer lugar que eu quiser sem nem mesmo me tirar do lugar. Você que está em tudo que eu faço. Você que compartilha passo a passo dos meus piores e melhores momentos. Você que realiza meus desejos como se fosse uma estrela cadente caindo sem nunca parar. Você que me faz mais humana, mais sonhadora. Você que me faz mais bonita, mais bem humorada. Você que é meu cúmplice. Nós que seguimos os passos da amizade até chegar ao amor. Amor incondicional e intransferível, que não ficará a mercê do tempo, da distância, de outros amores. Amor dado não se pega de novo. Amor dado não pode ser perdido ou trocado. Quero você na minha vida inteira “ e ainda na manhã do outro dia...” . Quero não me perder de quem me faz bem, de quem me quer bem, de quem me inspira, de quem faz os dias serem fardos mais leves. A palavra falha, tenho certeza.
quando deixamos a distância existir?quando desistimos pela primeira e errada vez?quando aceitamos deixar o amor passar?ainda penso receber recados teus vindo da Irlanda,New York, Alemanhã, Siri-Lanka ou Mariscalainda penso em uma palavra bonita tuaque me despertasse para sonharainda tenho medo de caminhar na praiaquando é noite,mas tua falta me fez mais corajosadepois de tantas madrugadas quetenho atravessado(I spend hours n' hours thinking about you...)
as palavras que um dia te trouxeramnão irão trazer de novoe eu tento te imaginarcomo um dia te amei sem conhecer teu rostocomo o dia em que te gravei entre carne e peleplanto lírios como quem planta um acervopara as memóriasplanto lírios como quem espera o amorflorescer em breve(I spend hours n' hours thinking about you...)
que um amor te aconteçaque um amor te salveque um amor te cuide(I spend hours n' hours thinking about you...)
continuo te escrevendopara que meu coração se inspirepara que meu coração se lembre:
as palavras que um dia te trouxeramnão irão trazer de novoe eu tento te imaginarcomo um dia te amei sem conhecer teu rostocomo o dia em que te gravei entre carne e peleplanto lírios como quem planta um acervopara as memóriasplanto lírios como quem espera o amorflorescer em breve(I spend hours n' hours thinking about you...)
que um amor te aconteçaque um amor te salveque um amor te cuide(I spend hours n' hours thinking about you...)
continuo te escrevendopara que meu coração se inspirepara que meu coração se lembre:
o que virá para mim amanhã, também não sei depois de tanta loucura,tantas fugas, precipitações,depois de tanto amor,tanta doçura, explosãoo que virá, viráse ficar, que não seja em vãoque não seja mais um erroque não seja mero atraso embora tudo que venha fiquenem que se modifique,que ao vir logo vir e recordação
Remexo dentro de mim,nem sempre é fácilsaber a parte de nósque ficou no caminho:toco... faço a ferida arder.Sentir a ferida, é a maneiramais rápida de curá-la.Nada em mim foi covarde,nem mesmo as desistências:desistir, ainda que não pareça,foi meu grande gesto de coragem.
Remexo dentro de mim,nem sempre é fácilsaber a parte de nósque ficou no caminho:toco... faço a ferida arder.Sentir a ferida, é a maneiramais rápida de curá-la.Nada em mim foi covarde,nem mesmo as desistências:desistir, ainda que não pareça,foi meu grande gesto de coragem.
O amor nunca vem antes, não há oração, coração ou simpatia para que ele se anteceda. Vencer a nós mesmos, vencer a própria pressa, suportar e decifrar o descaso e descanso da hora. Esperar. Esperar como se não tivessemos urgência, esperar como se a espera fosse o último motivo de não ir para frente. O amor nunca vem antes. Nunca antes da paixão, nunca antes da primeira oportunidade para pular do barco, nunca antes de conhecer o outro tão fundo a ponto de desistir. O sentimento seleciona ou anula, e entre um sim ou um não a linha é tão tênue e ao mesmo tempo um enorme abismo. Sim ou não. Uma escolha rende a história de uma vida, ou de duas. Escolher quando a chance de ser escolhido é bem maior. O amor nunca vem antes... sempre virá depois do que pensamos ser amor.
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Cáh Morandi
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Cáh Morandi
Caio Fernando Abreu, 1987Meu nome é Caio F. Moro no segundo andar, mas nunca encontrei você na escada."Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo. Perdoem excessivas, obscenas carências, pieguices, subjetivismos, mas preciso tanto e tanto. Perdoem a bandeira desfraldada, mas é assim que as coisas são-estão dentro-fora de mim: secas. Tão só nesta hora tardia – eu, patético detrito pós-moderno com resquícios de Werther e farrapos de versos de Jim Morrison, Abaporu heavy-metal -, só sei falar dessas ausências que ressecam as palmas das mãos de carícias não dadas. Preciso de alguém que tenha ouvidos para ouvir, porque são tantas histórias a contar. Que tenha boca para, porque são tantas histórias para ouvir, meu amor. E um grande silêncio desnecessário de palavras. Para ficar ao lado, cúmplice, dividindo o astral, o ritmo, a over, a libido, a percepção da terra, do ar, do fogo, da água, nesta saudável vontade insana de viver. Preciso de alguém que eu possa estender a mão devagar sobre a mesa para tocar a mão quente do outro lado e sentir uma resposta como – eu estou aqui, eu te toco também. Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da conha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão. No meio da fome, do comício, da crise, no meio do vírus, da noite e do deserto – preciso de alguém para dividir comigo esta sede. Para olhar seus olhos que não adivinho castanhos nem verdes nem azuis e dizer assim: que longa e áspera sede, meu amor. Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio – tão cansado, tão causado – qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um Caminho. Esse, simples mas proibido agora: o de tocar no outro. Querer um futuro só porque você estará lá, meu amor. O caminho de encontrar num outro humano o mais humilde de nós. Então direi da boca luminosa de ilusão: te amo tanto. E te beijarei fundo molhado, em puro engano de instantes enganosos transitórios – que importa? (Mas finjo de adulto, digo coisas falsamente sábias, faço caras sérias, responsáveis. Engano, mistifico. Disfarço esta sede de ti, meu amor que nunca veio – viria? virá? – e minto não, já não preciso.) Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido. Para não morrer de sede, preciso de você agora, antes destas palavras todas cairem no abismo dos jornais não lidos ou jogados sem piedade no lixo. Do sonho, do engano, da possível treva e também da luz, do jogo, do embuste: preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã."
Era isso – aquela outra vida , inesperadamente misturada à minha , olhando a minha opaca vida com os mesmos olhos atentos com que eu a olhava : uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo , a distância , a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite , aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas , vendo o que ninguém veria.
"meu Deus, como você me dói..."
"meu Deus, como você me dói..."
"meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando"
A cada dia, viver me esmaga com mais força."
"Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim."
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que [...] Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido."
A cada dia, viver me esmaga com mais força."
"Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim."
Preciso sim, preciso tanto. Alguém que [...] Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser conjunto ao teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. Preciso ter certeza que inventar nosso encontro sempre foi pura intuição, não mera loucura. Ah, imenso amor desconhecido."
"Queria tanto poder usar a palavra voragem. Poder não, não quero poder nenhum, queria saber. Saber não, não quero saber nada, queria conseguir. Conseguir também não - sem esforço, é como eu queria. Queria sentir, tão dentro, tão fundo que quando ela, a palavra, viesse à tona, desviaria da razão e evitaria o intelecto para corromper o ar com seu som perverso. A-racional, abismal. Não me basta escrevê-la - que estou escrevendo agora e sou capaz de encher pilhas de papel repetindo voragem voragem voragerm voragem voragem voragem voragem sete vezes ao infinito até perder o sentido e nada mais significar - não é dessa forma que eu desejo... Eu quero sê-la, voragem."
Não, Pedro não tinha ido embora, nem Dulce partido, nem Eliana enlouquecido. As terras de Calmaritá realmente existiam: para chegar lá, bastava tomar a estrada e seguir em frente. Escrevi horas. Sem sentir, cheio de prazer. Quando pensava em parar, o telefone tocou. Então uma voz que eu não ouvia há muito tempo, tanto tempo que quase não a reconheci (mas como poderia esquecê-la?), uma voz amorosa falou meu nome, uma voz quente repetiu que sentia uma saudade enorme, uma falta insuportável, e que queria voltar, pediu, para irmos às ilhas gregas como tínhamos combinado naquela noite. Se podia voltar, insistiu, para sermos felizes juntos. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim, e aquela voz repetiu e repetia que me queria desta vez ainda mais, de um jeito melhor e para sempre agora.
Tá limpo. Sem ironia. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu. '
' Tem seus prazeres o fim do amor. Se é patologia, invenção cristã-judaico-ocidental-capitalista, ou maya, ego, se é babaquice, piração, se mudou através dos tempos, puro sexo, carência, medo da morte: não interessa. Tenho certeza que estive lá, naquele terreno. Ele existe. '
' Suspeitas: porra, eu me afastei de tudo, de todos, joguei tudo pro alto e só quero esse amor, nada mais me interessa, se esse amor me faltar eu só tenho isso, é o único laço que me prende à vida - e se falta, Deus, se faltar o que faço?
' Onde andará? é das perguntas mais tristes que conheço, sinônimo de se perdeu. '
' Material para o baú da memória e lá estarei eu daqui 20 anos na minha cadeira de balanço, cercado de amigos e sobrinhos olhando o fogo na lareira (terei uma lareira, claro), deslizando entre os dedos as pérolas amareladas pelas décadas e pensando com um sorriso indecifrável nos lábios: ah. Ah aquela tarde, ah aquele moço, ah aquele por do sol, ah aquele beijo no convés do navio. E dê-lhe balançar a cadeira nessa espécie de pescaria do tempo: zás-trás, pintou outra joia na ponta do anzol. Ah. '
' Tem seus prazeres o fim do amor. Se é patologia, invenção cristã-judaico-ocidental-capitalista, ou maya, ego, se é babaquice, piração, se mudou através dos tempos, puro sexo, carência, medo da morte: não interessa. Tenho certeza que estive lá, naquele terreno. Ele existe. '
' Suspeitas: porra, eu me afastei de tudo, de todos, joguei tudo pro alto e só quero esse amor, nada mais me interessa, se esse amor me faltar eu só tenho isso, é o único laço que me prende à vida - e se falta, Deus, se faltar o que faço?
' Onde andará? é das perguntas mais tristes que conheço, sinônimo de se perdeu. '
' Material para o baú da memória e lá estarei eu daqui 20 anos na minha cadeira de balanço, cercado de amigos e sobrinhos olhando o fogo na lareira (terei uma lareira, claro), deslizando entre os dedos as pérolas amareladas pelas décadas e pensando com um sorriso indecifrável nos lábios: ah. Ah aquela tarde, ah aquele moço, ah aquele por do sol, ah aquele beijo no convés do navio. E dê-lhe balançar a cadeira nessa espécie de pescaria do tempo: zás-trás, pintou outra joia na ponta do anzol. Ah. '
"Parece-me agora, tanto tempo depois, que as partidas-dolorosas, as amargas- separações, as perdas-irreparáveis costumam lavrar assim o rosto dos que ficam. E do buraco negro da memória que ocupa agora o espaço anteriormente ocupado por essa pessoa — sim, era uma pessoa que não lembro —, em vez de faces, jeitos, vozes, nomes, cheiros, formas, chegam-me somente emoções confusas ou palavras como estas — doloroso, amargo, irreparável."[Marinheiro]
"Andei amando loucamente, como há muito tempo não acontecia. De repente a coisa começou a desacontecer. Bebi, chorei, ouvi Maria Bethânia, fumei demais, tive insônia e excesso de sono, falta de apetite e apetite em excesso, vaguei pelas madrugadas, escrevi poemas (juro). Agora está passando: um band-aid no coração, um sorriso nos lábios – e tudo bem. Ou: que se há de fazer.'"
"Eram dias parados, aqueles. Por mais que se movimentasse em gestos cotidianos - acordar, comer, caminhar, dormir, dentro dele algo permanecia imóvel. Como se seu corpo fosse apenas a moldura do desenho de um rosto apoiado sobre uma das mãos, olhos fixos na distância. Ausentou-se, diriam ao vê-lo, se o vissem. E não seria verdade. Nesses dias, estava presente como nunca, tão pleno e perto que estava dentro do que chamaria - tivesse palavras, mas não as tinha ou não queria tê-las - vaga e precisamente de: A Grande Falta"
[...]"Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. é por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor."[...]CcAIO f.
" É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates… Apague minhas interrogações. Por que estamos tão perto e tão longe? Quero acabar com as leis da física, dois corpos ocuparem o mesmo lugar! Não nego. Tenho um grande medo de ser sozinha. Não sou pedaço. Mas não me basto."
...Quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo..
"Mas o que me doía, agora, era um passado próximo".
Mas as coisas são porque têm que ser, não adianta nada a gente querer que sejam de outro jeito
-Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre. -
"Mas o que me doía, agora, era um passado próximo".
Mas as coisas são porque têm que ser, não adianta nada a gente querer que sejam de outro jeito
-Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de mim, Senhor. Que meus olhos saibam continuar se alargando sempre. -
" Ah, me socorre que hoje não quero fechar a porta com esta fome na boca, beber um copo de leite, molhar plantas, jogar fora jornais, tirar o pó de livros, arrumar discos, olhar paredes, ligar desligar a TV, ouvir Mozart para não gritar e procurar teu cheiro outra vez no mais escondido do meu corpo, acender velas, saliva tua de ontem guardada na minha boca, trocar lençóis, fazer a cama, procurar a mancha de esperma nos lençóis usados, agora está feito e foda-se, nada vale a pena, puxar cobertas, cobrir a cabeça, tudo vale a pena se a alma, você sabe, mas a alma existe mesmo? E quem garante? E quem se importa? Apagar a luz e mergulhar de olhos fechados no quente fundo da curva do teu ombro, tanto frio, naufragar outra vez em tua boca, reinventar no escuro do teu corpo de moço homem apertado contra meu corpo de moço homem também, apalpar as virilhas, o pescoço, sem entender, sem conseguir chorar, abandonado, apavorado, mastigando maldições, dúbios indícios, sinistros augúrios..."
Ele tentava esquecer uma mulher chamada Rita. Conforme o uísque diminuía na garrafa, Rita misturava-se aos poucos com outra chamada Helena, ele repetia como-amei-aquela-mulher-nunca-mais-nunca-mais, enquanto ela sentia algum ódio, mas não dizia nada, toda madura repetindo isso-passa-questão-de-tempo-tudo-bem. Para espanto dele, ela falou o nome daquele homem de antes, de outros também, Alexandre, Lauro, Marcos, Ricardo - ah os Ricardos: nenhum presta - e ele também sentiu certo ódio, nada de grave, normal, tempos modernos, mero confronto de descornos. Falaram então sobre as paixões, os enganos, as carências e todas essas coisas que acontecem no coração da gente e tudo, e nada. Dançaram de novo. (…) Ela deixou que a mão dele descesse até abaixo da cintura dela. E numa batida mais forte da percussão, num rodopio, girando juntos, ela pediu:- Deixa eu cuidar de você.Ele disse:- Deixo."
Tenho andado pensante ultimamente.Pensando demais no passado,no futuro e até mesmo no presente.E eu sei que o motivo disso tudo é um só,saudades.Não é saudade de uma pessoa só,de um momento apenas.Mas saudades de uma vida inteira.Tudo acontece em uma equação perfeita,os pensamentos vão passando,a saudade apertando e a esperança surgindo.Entretanto,acorrentado as minhas obrigações e a dos outros,pouco posso fazer.Fico na mesma,perdido entre vontades impossíveis e alegrias passadas,sem ao menos poder regredir ou andar mais rápido.Meu alento é um só,eu sinto que o meu pensamento chega até as pessoas que me fazem sentir saudades e,naquele instante,um agradável conforto momentâneo me permite respirar um pouco.Sempre fui extremamente racional,nunca acreditei em energias que transcendem e ressoam pelo mundo.E,de fato,ainda me recuso à acreditar nisso.Mas meu coração é puramente intuitivo e não me deixa ter dúvidas.Por isso,não ligo de me perder as vezes nos meus pensamentos saudosos,eles fazem com que meus sentimentos atravessem barreiras físicas e se eternizem.
Sinto uma vontade louca de gritar,correr e gritar.Estou precisando fugir de mim e de tudo.Não quero mais que o futuro chegue,mas sim que o passado volte.Não quero mais os efeitos do passar do tempo,quero e preciso regredir.Mas isso é impossível,então fujo.Estou precisando perder um pouco,quem sabe assim me encontro e me resgato.Estou precisando do cheiro de novo,do gosto do querer,da saudade de me sentir em meio a multidão.Estou precisando me instabilizar,me gostar mais,talvez assim eu entenda o sentido de tudo.Não quero mais ficar como está,preciso mudar definitivamente.Sei que essa decisão não é só minha,mas posso e vou tentar.Serei forte e determinado.Começarei aos poucos.Hoje trocarei de roupa,amanhã o meu trajeto até o colégio e semana que vem a minha VIDA .Se no final nada der certo,entenderei...não era hora'.
Ele era um garoto que cresceu sem saber admitir o meio termo.Ele não sabe ser metade,nunca soube.Não se trata disso ou daquilo,para ele é tudo ou nada.Diz prefirir um não convicto do que um talvez sem graça.Não consegue ser mais ou menos.Não sabe dizer talvez.Ele não aprendeu a sentir a vida em doses homeopáticas.É extremista.Necessita de verdades intensas.Não gosta de pessoas sem vontade própria.Não admite pessoas que não têm objetivos,que não possuem coragem para ser do contra.Te garanto,um dia ele vai acabar se magoando por ser tão decidido.Vai sofrer com suas próprias verdades.Isso,porque lá no fundo ele é uma pessoa insegura,que morre de medo de receber um não,que morre de medo de ser trocado.Por ter tanto medo de ser rejeitado aprendeu a ser esconder.Um dia ele acaba percebendo que esse pseudo-sincero que ele tenta confirmar com palavras decididas nada mais é que uma casca,uma máscara.Aí,nesse dia ele aprende que o talvez vale mais a pena e que mentiras podem ser muito sinceras.
Como assim acabou?Em um momento você estava aqui e no outro não está mais?Igual a um brinquedo velho que se perde na infância e nunca mais é achado.E o nosso amor eterno?Para onde foi,heim?Me diga,eu suplico.Meu peito,destruído,não aguenta e me definha aos poucos.
Tento achar o momento exato,quando o que tinhamos se perdeu.Mas não sei se nos perdemos juntos ou se juntos já não estávamos.Me desespero ao pensar que um amor dantesco possa ter desaparecido com tanta facilidade.Estou perdido.Minha vida desaba em escombros.Não consigo mais enxergar meu futuro sem você.E me perco na esperança impossível de viver ao seu lado.Mas nem as minhas preces mais devotas conseguiriam te trazer de volta.Então desisto de viver ou apenas do seu amor sujo?
Porque você não esperou o meu amor acabar também?Poderiamos acordar um dia e perceber juntos que o amor estava com a data de validade vencida,nos esqueceriamos de vez naquele instante e iriamos viver nossas novas vidas.Mas não,você como sempre egoísta,só pensou em si próprio e me deixou aqui a procura de um amor perdido.Eu nunca gostei de perder minhas coisas,você sempre soube.E hoje,tumultuado pela sua ausência engrata,procuro o que procurar.Sentindo o gosto ruim do desânimo da busca desiludida.Pois,se um amor daqueles acaba assim,vale a pena me refugiar em outro?Vale a pena amar de verdade?
Tenho quase certeza de que você não está nem aí para isso tudo.Que seguiu sua vida,como se eu nunca tivesse existido.E está achando graça desta minha carta,julgando-a patética e sentimental.Já esperava isso de você.Só há uma coisa certa a respeito disso:não espero resposta sua.Essa carta é apenas para ser lida e degustada.Depois disso,jogue-a fora.Não te desejo mal,tento entender o que você fez.E estou pronto para lutar com unhas e dentes e no fim te esquecer.Ainda te amo,mas de hoje em diante será apenas saudade o que antes era eterno.
Tento achar o momento exato,quando o que tinhamos se perdeu.Mas não sei se nos perdemos juntos ou se juntos já não estávamos.Me desespero ao pensar que um amor dantesco possa ter desaparecido com tanta facilidade.Estou perdido.Minha vida desaba em escombros.Não consigo mais enxergar meu futuro sem você.E me perco na esperança impossível de viver ao seu lado.Mas nem as minhas preces mais devotas conseguiriam te trazer de volta.Então desisto de viver ou apenas do seu amor sujo?
Porque você não esperou o meu amor acabar também?Poderiamos acordar um dia e perceber juntos que o amor estava com a data de validade vencida,nos esqueceriamos de vez naquele instante e iriamos viver nossas novas vidas.Mas não,você como sempre egoísta,só pensou em si próprio e me deixou aqui a procura de um amor perdido.Eu nunca gostei de perder minhas coisas,você sempre soube.E hoje,tumultuado pela sua ausência engrata,procuro o que procurar.Sentindo o gosto ruim do desânimo da busca desiludida.Pois,se um amor daqueles acaba assim,vale a pena me refugiar em outro?Vale a pena amar de verdade?
Tenho quase certeza de que você não está nem aí para isso tudo.Que seguiu sua vida,como se eu nunca tivesse existido.E está achando graça desta minha carta,julgando-a patética e sentimental.Já esperava isso de você.Só há uma coisa certa a respeito disso:não espero resposta sua.Essa carta é apenas para ser lida e degustada.Depois disso,jogue-a fora.Não te desejo mal,tento entender o que você fez.E estou pronto para lutar com unhas e dentes e no fim te esquecer.Ainda te amo,mas de hoje em diante será apenas saudade o que antes era eterno.
É,a vida passa.Na maioria das vezes com uma rapidez que nós não queremos.Mas ela nunca deixa de passar.E nos surpreende.Transformando coisas simples em momentos inexplicáveis.Fazendo tudo se desmontar em nada.A passagem da vida se faz necessária,como se fosse uma necessidade fisiológica.Porque quando ela passa,cura feridas,faz rever conceitos e recriar desejos.A vida é uma constante recriação.Uma eterna modificação do certo para o errado e vice-versa.Enfim,a vida é um ciclo sem fim.Que corre e não para em hipotese alguma.
Claire uma escritora de meia-idade de boa parte do que haveria de viver, se descrevia de modo abstrato. Cansada de si,queria se libertar de algo que a acompanhava nas horas do dia.
O vazio.O vazio de si preenchido por si.
E não eram morenos altos de olhos azuis que a libertariam desse estado sólido do que tampouco existe.Nem as falsas verdades frente ao espelho que encobriam as rugas da face encoberta pelo creme que prometia milagre em semanas que já se passaram. E não preenchiam.Nem o vazio. Nem as marcas do tempo.Que apagava sob a aminésia alcoólica do dia anterior.Em tombos sob a dor cefálica da razão existencial perguntava o porque de si.E do nó.Ninguém afinal sabia o que passava, tampouco duvidavam.Seu ardor diante de cada passo revelava-se na sua face rosada.
Sua realidade interna se concretizava nas cores das tatuagens que envolviam sua pele clara em tamanha psicodelia.Não era bonita nem feia. Sua roupas gritavam e falavam por si quando permaneçia muda.
Mas nada que preenchia o vago do seu sólido casamento com Heitor que fazia tudo para agradá-la, na medida em que sua conta bancário reduzia significativamente.Ele era tudo que poderia. Menos quem ele era.
Sua identidade ocupava o papel de esposo eternamente apaixonado.
Em qualquer circunstância.
Espatifava-se aos cacos a personalidade do homem que um dia amarara.
E quem sabe o ame.Mas do seu modo.Enquanto às sextas feiras inclina seu batom vermelho frente ao espelho e sai a procura de si.Camuflando suas vontades com champagne e beijo na boca.Longe dele. O marido é claro.
O vazio.O vazio de si preenchido por si.
E não eram morenos altos de olhos azuis que a libertariam desse estado sólido do que tampouco existe.Nem as falsas verdades frente ao espelho que encobriam as rugas da face encoberta pelo creme que prometia milagre em semanas que já se passaram. E não preenchiam.Nem o vazio. Nem as marcas do tempo.Que apagava sob a aminésia alcoólica do dia anterior.Em tombos sob a dor cefálica da razão existencial perguntava o porque de si.E do nó.Ninguém afinal sabia o que passava, tampouco duvidavam.Seu ardor diante de cada passo revelava-se na sua face rosada.
Sua realidade interna se concretizava nas cores das tatuagens que envolviam sua pele clara em tamanha psicodelia.Não era bonita nem feia. Sua roupas gritavam e falavam por si quando permaneçia muda.
Mas nada que preenchia o vago do seu sólido casamento com Heitor que fazia tudo para agradá-la, na medida em que sua conta bancário reduzia significativamente.Ele era tudo que poderia. Menos quem ele era.
Sua identidade ocupava o papel de esposo eternamente apaixonado.
Em qualquer circunstância.
Espatifava-se aos cacos a personalidade do homem que um dia amarara.
E quem sabe o ame.Mas do seu modo.Enquanto às sextas feiras inclina seu batom vermelho frente ao espelho e sai a procura de si.Camuflando suas vontades com champagne e beijo na boca.Longe dele. O marido é claro.
Neste caminho que conto a minha trajetória.Destaco o querido tempo.Nele eu deixei a minha marca.Meus traços pintados de forma psicodélica.Deixei um bilhete de giz de cera.Do tempo fui escravo fugido.Soltei minhas cordas.Escondi minhas algemas.Quebrei as correntes.Do tempo fui rei.Mandei nas horas.Insultei os dias.Obriguei-o em vão a não passar.Pelo tempo fiquei encantado.Vi gente nascendo,vivendo e morrendo.Vi gente nascendo e rapidamente morrendo.Com o tempo compartilhei angústias.Chorei amores perdidos.No tempo fui o que queria ser.Do tempo levarei um punhado de amigos,uma caixinha de inimigos e um baú repleto de conhecimento e memórias.Peço-lhe que me dê sabedoria conforme o senhor for indo embora.E que me ensine a ter a ansiedade melhor controlada.Enfim,obrigado pela dedicação.Nesta linha que conto minha trajetória.Destaco o querido tempo ... que vem e vai.
E quando eu menos esperava... Me veio você, e desde então, quero apenas você. Sua voz me chama, teu sorriso me faz querer te encontrar e me da à força que preciso para continuar. Hoje eu posso dizer que conheço o amor, e é tão bonito e real, mais do que eu já imaginei. (..) é aquele amor quando sinto teu cheiro no ar, meu coração diz que nunca quer te perder. é simples assim, te amar. Extraiu de mim todo o vazio que existia. Felicidade pra mim se resume em ter você.O meu sabor preferido é do teu beijo, e minha sensação mais doce é a de quando te abraço. Minha melodia mais linda, meu sentimento, alegria, mistério e sorriso, simplesmente meu melhor amor.
Ficou sentada em sua cama por horas com seu vestido azul e teu cabelo caindo em teu rosto, ficou ali exatamente com o mesmo olhar, um olhar distante, vezes brilhavam um pouco mais, acho que foram as cenas de romance que lhe passavam pela cabeça, ou os sonhos que ela sonhava e acreditava que ninguém sonharia igual. Mas em instantes ficava inseguros, deve ser a consciência que pesava pela carne fraca, em outros instantes voltavam a brilhar, dessa vez mais intensamente, tinha certeza de que era o desejo que começava a se embrulhar a ela, o desejo que ela sente, no qual ela insiste em insultar, mas que ela não controla, ela não via a hora de tocar na pele, de se sentir por dentro, de se ter prazer. Ela ficou sentada na cama por horas, nessas horas depois, a campainha tocou, pra cama voltou e se entregou.
Seria possível fotografar o silêncio ? Eu queria encontrar uma forma de fazer isto, fotografar o momento exato do silêncio. Se ao menos eu pudesse registrar o seu mudo absoluto, eu então poderia ousar escrever uma canção que explicasse você. Explicar os nossos destinos que se traçaram e que transformou meus caminhos e minhas histórias em lindas cenas de filme. Meu coração é um frasco de vidro, e dentro dele existem sentimentos imensos de mim por você. É como um frasco de perfume que possui o cheiro mais intenso. Você roubou meu coração, não deixou nenhum rastro, ele é todo teu. Você da sentido a tudo que meus dias se tornaram. Me perco olhando por dentre teus olhos, poderia ficar olhando teus olhos a vida inteira, acho que você percebe o quanto o brilho dos meus olhos se tornam intensos quando estão perdidos nos teus.
Algumas ausências doem tanto e mais que outras insignificantes, como se tivesse lhe arrancado um pedaço importante que fizesse teu coração pulsar. Outras fazem falta desde sempre por nunca ter chegado. Existem pessoas que tem que partir, partindo corações. Existe momentos em que por mais que a gente se esforce não encontra uma solução, agindo de forma precipitada, sentindo e causando falta. E dói, brota em si uma dor latejante, e ela cresce loucamente, apertando teu coração, e tu permanece assim sem ar. Até que um dia, distraído, você percebe que ela morre, embora volte a latejar nos dias de inverno.
A partir de hoje sem mais desculpas, sem receios, sem desejos ocultos. Jogue teu orgulho fora, como que joga o que não presta no lixo. Eu já me sinto suficientemente sem você, eu tenho passado sede de você. Você me entende? Preciso que você ao menos me olhe dentro dos olhos, como um faminto se satisfaz por um bom tempo com um pão. Não me trate desta maneira neutra, se você sabe que colori muitos momentos da sua vida de todas as cores possíveis. . Cansei de lhe pedir, de gritar, de implorar para que devolvesse meu coração, foi inútil.Eu desisti de tentar me recuperar deste vício que você se tornou pra mim, sempre que tento fingir que não te quero mais, uma nuvem de sentimentos invadem a minha mente. A partir de hoje eu vou te enlouquecer, e essa noite só vai existir você e eu.
E tento dia após dia levar uma vida levemente calma, porém tu chegas e coloca o amor que tens por mim no bolso, o esquece dentro de ti, e me magoa com coisas banais. Dentro de mim se cria partículas de magoa, que se tornam pedaços de um coração que se parte a cada lágrima que cai por ti. Porém você se arrepende, me abre os braços e me acolhe, repetindo que me ama e que tudo vai ficar bem. Da magoa nada resta, e o coração, que pensou estar partido se regenera ao me sentir protegida em teus braços.
Como uma folha desprendida do caule se perde meio ao vento que aos poucos vira um temporal para a frágil e perdida folha, que sabe que jamais vai poder se unir novamente ao teu caule sem ter que morrer lentamente a cada momento que se passa, sabendo que a seiva jamais chegará até ela. A humana sensível e solitária, longe da presença do ser amado, sente-se totalmente sem direção, abandonada e incapaz de restaurar a bonita história que foi abortada, pois sabe que ao se reaproximar do teu ser amado, jamais terá o amor que lhe alimentava antes. E mesmo com a natureza gritando para a folha perdida, que são raras as que sobrevivem ao outono. A humana sensível e desorientada, embora não admitisse a sí mesma, no fundo ainda tinha esperanças de reencontrar o teu amado no próximo verão, novamente.
A tua pele possui o meu sabor preferido, teu cheiro penetra em meu ser, entrando por dentro das minhas células, uma por uma. Tu me desperta desejos fortes e vontades inéditas. Eu lhe peço, eu lhe imploro, cole teu corpo no meu, torne os ‘singular’ e totalmente, completamente envolvidos. Quero sentir teus lábios famintos pela minha pele, minha carne, meu corpo. Eu até mesmo lhe grito, deixe - me sentir tua língua, experimentando o gosto da sua saliva. Sim, te quero dentro de mim, devorando – me.Mergulho no teu corpo quente, me afogando dentro deste orgasmo. Extraordinário.
O Amor tem dentes, ele morde, às vezes da tesão de tão bom que é, mas as vezes é tão forte a mordida, que te dói inteiro, te marcas profundamente deixando cicatrizes que o tempo jamais irá apagar. O amor faz bem, mas o amor dói. E essa dor lateja quando você é abandonado, porém consegues a suportar e sente até mesmo prazer quando tua paixão regressa com olhos de arrependimento ou teus olhos brilham ao avistar um novo humano capaz de lhe fazer sorrir novamente. O amor te rasga, aprende isso. Mesmo que teu amor seja o maior do universo ele vai te morder forte uma vez ou outra e isso vai doer tanto, mais tanto, que você vai pensar em desistir desse sentimento imbecil, porém quando novamente chegar o momento em que o amor fizer teu coração bater mais forte e te dar a sensação que vai pular pra fora do peito atravessando suas carnes, você vai idolatrar este sentimento extraordinário. O amor machuca e dói, mas ele cura e acaba com qualquer dor. o A M O R surpreende.
Essa sua volta é tão surpreendente depois de tantos desencontros. Encontrar-te novamente foi como se o sol voltasse a brilhar depois de meses com o céu em tempestade. E o que mais me deixou espantada foi a forma em que você está presente em meus pensamentos mais intensamente do que antes. Não vou usar clichês, por exemplo, dizendo que você é o ar que eu respiro, até mesmo porque nós sabemos que isso não é verdade, mas não posso negar que com a sua volta a minha vida se torna muito mais interessante e bonita. Mesmo no escuro eu posso te enxergar, e mesmo quando estás distante eu posso te sentir.
Andei pensando na vida, pensando em você mais precisamente, já que a minha vida ultimamente tem sido em sua função, sobrevivendo de teus sorrisos, quais são raros e breves. Essa situação cansa, estou exausta de ter que segurar a barra que por sinal está muito pesada para minha alma frágil. Eu só queria que você me telefonasse neste exato momento pra que eu aproveitasse meu momento de coragem e com uma voz bastante séria, lhe diria ‘- Olha cara, o amor é uma planta, tem que cuidar, tem que alimentar, se você se esquecer de cuidar, ela fica murcha, e corre riscos de morrer sem deixar nenhuma muda. O amor é assim igual uma planta, talvez tragicamente igual, pois como a planta a pessoa amada só fica radiante se está bem tratada. Eu só quero te dizer, só quero que você entenda que o AMOR também morre, tal sublime sentimento se torna estúpido e simplesmente falece. Não esquece, cara, não esquece.’ Talvez você ficaria em estado de choque e diria que vai cuidar melhor do nosso amor, ou talvez você pensasse consigo mesmo que pouco importa nosso amor, pois na verdade ele nem existe em você , e sem dizer nada a respeito mudaria de assunto me ignorando completamente. Mas não vou ficar com suposições, nem pensando no que eu poderia lhe dizer se você telefonasse agora, pois é tarde sei que você não vai telefonar, e mesmo se telefonasse eu totalmente estúpida iria calar meus pensamentos e falar contigo fingindo que está tudo bem, como sempre faço. É madrugada e você está longe.
Começava assim: “Meu querido amigo, tenho pensado em você, alguma coisa meio pensar muito e ter vontade de um abraço”. Começava do único jeito que poderia começar, aquele jeitinho de dizer com os olhos miúdos que tem sentimento e precisa de amores, companhia para dias sem graça, garrafas e garrafas de café, discutir a loucura Caiana, a suposta igualdade social que o PT defende mascarando a miséria, marlboro azul, contar como o dia foi tão démodé e como a gente seria feliz num barzinho em Paris.Uma carta num envelope verde, escrita em folha vermelha com caneta preta. Não, não é uma coisa previsível. É uma coisa característica, sabe? As pessoas confundem previsível com característico, na verdade não é bem assim que funciona. Mas também se fosse simplesmente previsível: sem problemas, é um sinal de que as coisas estão do mesmo jeito, o que é extremamente bonito e positivo. Amadurecer e continuar a mesma pessoa. Não é sublime? É. Ao longo da carta contou como os dias estavam sofridos e como era dolorido ser “gente crescida” e a barra da saia da mãe era um refúgio ao qual precisava correr em disparada para “acalentar um coraçãozinho solitário”, contou também que sofria de romances, daqueles bem intensos que fazem um auê lindo na vida, romance que faz querer mudar planos e esconder coisas já vividas, citou a cena em que Amèlie precisa de fermento: ERA SÓ O FELINO. O coração de quem lia partiu, CLACK, foi possível ouvir o trincar do peito lá da esquina onde os bêbados jogavam cartas e bebiam suas cervejas. Mais adiante da narrativa contou coisas bonitas, coisas leves, umas coisas meio estou-muito-bem-e-quero-ficar-ainda-melhor. Falou coisas que o leitor jamais poderia imaginar, o que fez com que uma gargalhada exagerada lhe rompesse a garganta e preenchesse todo o quarto enfumaçado e triste. Disse também que o leitor precisava viajar, fazer visitas e conhecer algumas – determinadas – pessoas, o que alavancou uma ponta de ciúmes, mas tudo bem, essa parte é prevista: pessoas são renováveis. “Meu amigo coraçãozinho manteiga derretida, sinto sua falta e te mando o abraço e o beijo via pensamento, feche os olhos, respire, é teu.” O leitor sorriu e sentiu um gostinho salgado no canto direito do lábio superior. Sorriu novamente, releu.
Tem gente que está dormindo
Tem gente que está chorando
Tem gente que está fodendo
Tem gente que está vomitando
Tem gente que está fumando
Tem gente que está bebendo
Tem gente que está assistindo filme
Tem gente que está trancado no banheiro
Tem gente que está escrevendo
Tem gente que está abraçando
Tem gente que está rezando
Tem gente que está beijando
Tem gente que está brigando
Tem gente que está pedindo perdão
Tem gente que está ouvindo musica
Tem gente que está vendo tv
Tem gente que está lendo
Tem gente que está pintando as unhas
Tem gente que está se vestindo
Tem gente que está saindo
Tem gente que está rindo
Tem gente que está cortando grama
Tem gente que está nadando
Tem gente que está sentado
Tem gente que está caminhando
Tem gente que está tomando banho
Tem gente que está andando de onibus
Tem gente que está trabalhando
Tem gente que está relembrando
Tem gente que está mentindo
Tem gente que está dizendo a verdade
Tem gente que está traindo
Tem gente que está sendo fiel
Tem gente que está jogando
Tem gente que está pulando
Tem gente que está escrevendo...
E tem gente que está lendo isso aqui.
Daiane and Marina.
Tem gente que está chorando
Tem gente que está fodendo
Tem gente que está vomitando
Tem gente que está fumando
Tem gente que está bebendo
Tem gente que está assistindo filme
Tem gente que está trancado no banheiro
Tem gente que está escrevendo
Tem gente que está abraçando
Tem gente que está rezando
Tem gente que está beijando
Tem gente que está brigando
Tem gente que está pedindo perdão
Tem gente que está ouvindo musica
Tem gente que está vendo tv
Tem gente que está lendo
Tem gente que está pintando as unhas
Tem gente que está se vestindo
Tem gente que está saindo
Tem gente que está rindo
Tem gente que está cortando grama
Tem gente que está nadando
Tem gente que está sentado
Tem gente que está caminhando
Tem gente que está tomando banho
Tem gente que está andando de onibus
Tem gente que está trabalhando
Tem gente que está relembrando
Tem gente que está mentindo
Tem gente que está dizendo a verdade
Tem gente que está traindo
Tem gente que está sendo fiel
Tem gente que está jogando
Tem gente que está pulando
Tem gente que está escrevendo...
E tem gente que está lendo isso aqui.
Daiane and Marina.
Eu não entendo -Nenhum de Nós
Por que você não disse que viria?Logo agora que eu tinhaMe curado das feridasQue você abriu quando se foiPor que chegou sem avisar?Eu queria tempo pra me prepararCom a roupa limpa, a casa em ordemE um sorriso falso pra enganarEu não entendo a sua voltaEu não entendo a sua indecisãoNum dia sou o seu grande amorNo outro dia não, não, nãoPor que a surpresa da sua volta?Justo quando eu tento vida novaVocê vem pra perguntarSe tudo que eu sentia acabouVocê até parece um vícioQue largar é quase impossívelExige muito sacrifícioE quando eu me considerava limpoVem você pra me oferecer maisVem você pra me oferecer mais,mais, mais!Eu não entendo a sua voltaEu não entendo a sua indecisãoNum dia sou o seu grande amorno outro dia não...
Por que você não disse que viria?Logo agora que eu tinhaMe curado das feridasQue você abriu quando se foiPor que chegou sem avisar?Eu queria tempo pra me prepararCom a roupa limpa, a casa em ordemE um sorriso falso pra enganarEu não entendo a sua voltaEu não entendo a sua indecisãoNum dia sou o seu grande amorNo outro dia não, não, nãoPor que a surpresa da sua volta?Justo quando eu tento vida novaVocê vem pra perguntarSe tudo que eu sentia acabouVocê até parece um vícioQue largar é quase impossívelExige muito sacrifícioE quando eu me considerava limpoVem você pra me oferecer maisVem você pra me oferecer mais,mais, mais!Eu não entendo a sua voltaEu não entendo a sua indecisãoNum dia sou o seu grande amorno outro dia não...
Nos procuramos o amor..
e achamos que o encontramos. Depois vem a queda. De muito alto. É melhor cair do que ficar sempre no chão?
e achamos que o encontramos. Depois vem a queda. De muito alto. É melhor cair do que ficar sempre no chão?
Bidê ou Balde - Tudo Bem Tudo bem...A gente pode sentar pra conversarAi nem sei, mas essas coisas acontecem nesse tipo de lugarFracassos tão pequenos de nós doisSão coisas muito boas pra esquecerNão sei o que eu vou dizer depoisTalvez eu nunca venha te dizerAgora eu sei que eu tava erradoFazendo conta de cabeçaMeu pai me disse que o passadoA gente esqueceE que há sempre alguém novo para amarTudo bem...Mas que nada!Ai nem sei, mas grande coisas pro que eu sinto acabou de dizerSe bem que um dia eu tava pensandoAonde foi que eu encontrei com elaNão sei se um dia eu vou lembrarNão seiTalvez eu nunca mais me esqueçaAgora eu sei que eu tava erradoFazendo conta de cabeçaMeu pai me disse que o passadoA gente esqueceE que há sempre alguém novo para amar
Bidê ou Balde - Mesmo que Mude Ela vai mudar,Vai gostar de coisas que ele nunca imaginouVai ficar feliz de ver que ele também mudouPelo jeito não descarta uma nova paixãoMas espera que ele ligue a qualquer horaSó pra conversarE perguntar se é tarde pra ligarDizer que pensou nelaEstava com saudadeMesmo sem ter esquecido queÉ sempre amor, mesmo que acabeCom ela aonde quer que estejaÉ sempre amor, mesmo que mudeÉ sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passouEle vai mudar,Escolher um jeito novo de dizer "alô"Vai ter medo de que um dia ela vá mudarQue aprenda a esquecer sua velha paixãoMas evita ir até o telefonePara conversarPois é muito tarde pra ligarTem pensado nelaEstava com saudadeMesmo sem ter esquecido queÉ sempre amor, mesmo que acabeCom ele aonde quer que estejaÉ sempre amor, mesmo que mudeÉ sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passouPara conversarNunca é muito tarde pra ligarEle pensa nelaEla tem saudadeMesmo sem ter esquecido queÉ sempre amor, mesmo que acabeCom ele aonde quer que estejaÉ sempre amor, mesmo que mudeÉ sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que passou
Não consigo nem tirar sequer uma lágrima de mim.
Sequei já..
Estava eu antecipando as tristezas e na hora..
Pimba! Chegaram e eu a nem senti..
Como um furacão, mas não me tirou do chão..pelo menos desta vez.
Foi como se eu já soubesse antes de tudo..
Eu preciso tornar público, isso me acalma..dividir minha estimada "dor"
Ah dor, eu não sinto dor, não sinto nada, estou entorpecida já..
Tesouras, alfinetes, facas, objetos de ponta...nada mais me interessa.
Cansei dessa vida masoquista, ficar me ferindo todo dia.
É, acabou, agora, é só tentar viver.
Sequei já..
Estava eu antecipando as tristezas e na hora..
Pimba! Chegaram e eu a nem senti..
Como um furacão, mas não me tirou do chão..pelo menos desta vez.
Foi como se eu já soubesse antes de tudo..
Eu preciso tornar público, isso me acalma..dividir minha estimada "dor"
Ah dor, eu não sinto dor, não sinto nada, estou entorpecida já..
Tesouras, alfinetes, facas, objetos de ponta...nada mais me interessa.
Cansei dessa vida masoquista, ficar me ferindo todo dia.
É, acabou, agora, é só tentar viver.
Bom dia, Tristeza -Maysa Matarazzo
Bom dia tristeza, que tarde tristezaVocê veio hoje me verJá estava ficando até meio tristeDe estar tanto tempo longe de vocêSe chegue tristezaSe sente comigoAqui nesta mesa de barBeba do meu copoMe dê o seu ombroQue é para eu chorarChorar de tristezaTristeza de amar
Bom dia tristeza, que tarde tristezaVocê veio hoje me verJá estava ficando até meio tristeDe estar tanto tempo longe de vocêSe chegue tristezaSe sente comigoAqui nesta mesa de barBeba do meu copoMe dê o seu ombroQue é para eu chorarChorar de tristezaTristeza de amar
Te desprezo como um preso despreza a vida lá fora.Te desprezo com todos os meus dentes.Desprezo forte, muito forte.Se desprezasse menos, não poderia escrever-te mais uma palavra.Se desprezasse mais, poderia subir a escada sem pensar em ti.Eu desprezo, desprezo sim.Desprezo tudo que vem de ti, desprezo o teu cheiro também.Eu desprezo cada segundo que tu respiras,desprezo o meu peito quando foi teu, desprezo o teu amor fingido.Eu desprezo-te com toda a minha voz,com o meu coração, com tudo, tudo, tudo que há em mim.Te desprezo tanto, não vês?
“Lá está ela, mais uma vez. Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. [...] E se ela se afogar, se recupera. [...] E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça – que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca – levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário…por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”
[Caio Fernando Abreu]
[Caio Fernando Abreu]
Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem:que ele não ame com coragem.Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos ...Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.Amar com coragem não é viver com coragem.É bem mais do que estar aí.Amar com coragem não é questão de estilo, de opinião.Amar com coragem é caráter.Vem de uma incompetência de ser diferente.Amar para valer, para dar torcicolo.Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar.Não usar atenuantes como “estou confuso”.Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes.Amar decidido, obcecado,como quem troca de identidade e parte a um longo exílio.Amar como quem volta de um longo exílio.Amar quase que por, por bebedeira,Amar desavisado . Amar desatinado, pressionando,a amar mais do que é possível lembrar.Amar com coragem, só isso.
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